sábado, 1 de outubro de 2022

Mais uma Vez Vamos nos Levantar!!!

 Olá preciosos!

Não declaro publicamente posição política, aliás, o voto é secreto! Aliás, até umas décadas atrás, quando o "Diretas Já" mudou os rumos do país, eu acreditava que as mudanças necessárias deveriam ocorrer através da política. Hoje, acredito mais em um ato solidário de um cidadão comum (característico do povo brasileiro) do que em política...

Será que cada um de nós tem real consciência de nossa importância, independente de seu trabalho, de sua crença, de sua classe social, de sua cor, de suas escolhas, de qualquer coisa? Cada um de nós é o braço forte que alavanca o Brasil: não há uma nação sem o povo!

Será que temos total consciência de que o voto de cada um (a escolha de cada um) irá se refletir na vida do outro? Hoje, sinto um peso nas costas porque a responsabilidade do meu voto, do seu voto é muito grande: talvez, a minha escolha vai interferir na sua vida...

Temos que "dar a César o que é de César", então... Mais do que "ter", neste domingo de eleição nós todos precisamos votar! Nada que fica na inércia progride: observe o Todo e como tudo está em constante movimento! Aqui no Brasil, a única coisa que vejo em constante movimento além do Todo são os brasileiros que bravamente insistem e continuam! Eu desejo que cada cidadão receba a recompensa por seu esforço: cada um é responsável direto por tornar nosso país tão grandioso! Estamos todos cansados de nos doar tanto, de nos empenhar tanto, de acreditar tanto e ver tudo na mesma, de mal a pior! Cada um de nós semeamos neste caminho magnífico chamado Vida e se nossa colheita não é possível, não é por falta de empenho nosso...

Seu voto é secreto: não sei em quem você pretende votar e prefiro manter assim... O que realmente quero neste dia para mim e para você é plena consciência de sua escolha: que ela seja feita com base no que você acredita e não pelo que é imposto por ninguém!

Exerçamos nosso direito pleno e nossa liberdade nesta eleição! Que o que você acredita, possa ser bom pra mim assim como acredita que será bom para ti. Que independente de tantas siglas e números, jamais nos esquecemos que o povo precisa estar unido e não dividido por manipulações: sempre foi o povo pelo povo, só temos uns aos outros!

Encerro a publicação de hoje com duas frases de dois grandes homens que conheci:

"Faça o Bem! Você talvez, não vá ganhar nada com isso, mas, se fizer o mal receberá até o troco!" - Ranulfo Machado (meu falecido ex sogro)

" Faça aos outros o que gostaria que fizessem por você. Trate os outros como gostaria que os outros te tratassem. Não sei se há recompensa para isso, pois, tudo o que é feito de coração, m sinceridade e verdade não se pode calcular o valor!" - Paulino Coelho (meu pai)


Somos programados desde a nossa infância
Sociedade, Mídia, Sistema de Educação
A História é escrita porque vence guerra
Eternizando o ciclo invisível de opressão

... reconta
O mundo está estranho...
As pessoas caminham sem se falar
É verdade o mundo está estranho
Somos condicionados a nunca questionar

Somos programados desde a nossa infância
Sociedade, Mídia, Sistema de Educação
A História é escrita porque vence guerra
Eternizando o ciclo invisível de opressão

Quero ver além
Então poder saber
Como lutar, com quem lutar
Nossos verdadeiros inimigos são aqueles
Que querem nos manipular:
Mas eu não!!!

O Sistema é implacável
A Ordem é aparente
O Progresso é seletivo
E o medo inconsciente
Eu não acredito em governo nem na "democracia"
Dinheiro e poder corrompem a maioria

Estamos divididos em religiões
Entre nações
Entre ideais
Em divisões
Vamos abrir estes portões

Abra sua mente
Rejeite a apatia
Sendo você mesmo
Não seja a hipocrisia!

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Invisível - Mundo Novo

Invisível
Mundo Novo



Composição: Fábio Nahoyas.


Estar aqui
Mas não existir
Ser invisível e ver
O mundo te excluir


Na beira do abismo escolho entre a queda e a subida
E sigo algum caminho
De escolhas importantes nesta vida...


Mais uma vez
Vou me levantar
Mais uma vez
Vou recomeçar


E olhar além
E não ver ninguém
E saber que o amor de Deus
É o que me mantém


Se não fosse por isso com certeza eu já teria desistido
Mesmo depois das quedas e subidas eu me sinto agradecido
Por saber
Que nenhum de nós está realmente só
Mas mesmo assim
Eu me sinto tão sozinho
Sinto invisível

Quando não existe mais razão pra prosseguir
Quando não se te motivação para sorrir
Pra ser feliz, pra ser feliz
Talvez, como se a felicidade fosse algo certo
Ainda mais pra quem escolheu o caminho reto
Em busca de recompensas que não são daqui

Mas sempre tem aqueles que te julgam
Sempre tem aqueles que sempre te menosprezam
Eles são daqui... E eles são daqui
Talvez, um dia possam encontrar toda a verdade
E caminharmos juntos
Em busca de algo bem melhor que aqui

Pra fazer o mal ou bem é preciso de alguém...



quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Prece de São Francisco de Assis

 Francisco de Assis foi um frade católico nascido na Itália, fundando a ordem de Frades Menores conhecida como Franciscanos.

A menção desta prece tão conhecida, não declara, aponta ou relaciona-se a uma religião em específica. A publicação da mesma mostra uma visão um tanto que filosófica sobre o auto conhecimento, o esforço em manter-se de acordo com o que se acredita, o policiamento de pensamentos, emoções e atitudes e a plena consciência e capacidade de auto avaliação, sabendo-se quem se é, incluíndo seus limites, deficiências, erros, em resumo: a auto confrontação.


Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
onde haja ódio, consenti que eu semeie amor;
perdão, onde haja injúria;
fé onde haja dúvida;
verdade onde haja mentira;
esperança onde haja desespero;
luz onde haja treva;
união onde haja discórdia;
alegria onde haja tristeza.

Divino Mestre! Permiti que eu não procure
tanto ser consolado quanto consolar;
ser compreendido quanto compreender;
ser amado quanto amar.
Porque é dando que recebemos;
perdoando é que somos perdoados;
e morrendo é que nascemos para a Vida Eterna.

A Excelência das Boas Maneiras, pág. 81


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

PEDROUÇOS


imagem by Shimada Coelho


 Quando eu era pequeno não sabia
Que cresceria.
Pelo menos não o sentia.

Naquela idade o tempo não existe.
Cada dia é a mesma mesa
Com o mesmo quintal ao fundo;
E quando se sente tristeza
Está tristeza, mas não se está triste.

Eu era assim
E todas as crianças d′este mundo
Assim foram antes de mim.

O quintal grande estava dividido
Por uma frágil grade, alta, de tiras
Cruzadas, de madeirinhas,
Em horta e em jardim.

Meu coração anda esquecido,
Mas não minha visão. De ela não tires
Tempo, esse quadro onde o feliz que eu fui
Dá-me uma felicidade ainda minha!

Inútil o teu frio curso flui
Para quem das lembranças se acarinha.


Fernando Pessoa



sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Mantra - Nando Reis

Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração acordará

Quando estiver com tudoLã, cetim, veludoEspada e escudoSua consciênciaAdormecerá
E acordará no mesmo lugarDo ar até o arterialNo mesmo lar, no mesmo quintalDa alma ao corpo material
Quando não se tem mais nadaNão se perde nadaTudo ou espadaPode ser o que se forLivre do temor
Hare Krishna, Hare KrishnaKrishna Krishna, Hare HareHare Rama, Hare RamaRama Rama, Hare Hare
Quando se acabou com tudoEspada e escudoForma e conteúdoJá então agora dáPara dar amor
Amor dará e receberáDo ar, pulmãoDa lágrima, salAmor dará e receberáDa luz, visãoDo tempo espiral
E quando não tiver mais nadaNem chão, nem escadaEscudo ou espadaO seu coração acordará
Quando estiver com tudoLã, cetim, veludoEspada e escudoSua consciênciaAdormecerá
E acordará no mesmo lugarDo ar até o arterialNo mesmo lar, no mesmo quintalDa alma ao corpo material
Quando se acabou com tudoEspada e escudoForma e conteúdoJá então agora dáPara dar amor
Amor dará e receberáDo ar, pulmãoDa lágrima, salAmor dará e receberáDa luz, visãoDo tempo espiral
Amor dará e receberáDo braço, mãoDa boca, vogalAmor dará e receberáDa morte o seu dia natal
Adeus, dorAdeus, dorAdeus, dorAdeus, dor
Hare Krishna, Hare KrishnaKrishna Krishna, Hare HareHare Rama, Hare RamaRama Rama, Hare Hare
Compositores: Jose Fernando Gomes Dos Reis / Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

A Luz Interior

 A Luz Interior

Sem sair da minha porta
Eu posso conhecer o mundo inteiro
Sem olhar pela minha janela
Eu posso conhecer os caminhos que levam ao paraíso

Quanto mais se viaja
Menos se sabe
Menos realmente se sabe


Sem sair de sua porta
Você pode conhecer o mundo inteiro
Sem olhar pela sua janela
Você pode conhecer os caminhos que levam ao paraíso

Quanto mais se viaja
Menos se sabe
Menos realmente se sabe


Chegue sem ter que viajar
Veja tudo sem ter que olhar
Faça tudo sem ter que fazer

Saudade Vã


 Robson Deorristt - Recanto das Letras

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

David Bowie - Sound And Vision - Tradução

 


Você não se questiona as vezes
Sobre o som e a visão?

Azul, azul, azul elétrico
Essa é a cor do meu quarto
Aonde eu vou viver
Azul, azul

Cegos pálidos desenhando todos os dias
Nada para fazer, nada para dizer
Azul, azul

Eu vou sentar bem aqui embaixo,
Esperando pela dádiva do som e visão
E eu vou cantar,
esperando pela dádiva do som e visão
Perambulando pela minha solidão, pela minha cabeça

Você não se questiona as vezes
Sobre o som e a visão?



O Instante da Vida


 O Instante da Vida

Robert Hare


Apenas um instante
para sorrir... Sorrir
malgrado¹ o aguilhoante²
temor fundo a pungir³.
Sorrir, sorrir então, mesmo se o pranto corre.
No esforço de sorrir, quando o suspiro morre!
Cada sorriso bom leva um pouco de luz,
aos outros, como a nós, aligeirando* a cruz.


Apenas um instante
para transpor
com alma transbordante
os domínios do amor.
As flores ao redor de pronto se estiolam¹,
sua graça e seu odor bem rápido se evolam²
aos sopros da aflição;
amemos com fervor nossos seres queridos
enquanto eles nos são pelo céu concedidos
e ao nosso lado estão.


Apenas um instante
para aqui murmurar
a expressão confortante,
boa e salutar³.
Pouparemos então a palavra que acalma,
inspira ou estimula no embate* uma outra alma?

Sorrir, amar,
as dúvidas vencendo,
representa afinal
ir no céu escrevendo
devagar
um cântico imortal.


(Trad. I.A.W., em Oferenda)


malgrado¹ :substantivo masculino

1.falta de agrado; desagrado, desprazer.

"o livro, a m. do autor, saiu com muitos erros tipográficos"

2.preposição apesar de, não obstante.

"efetuou a compra, m. os conselhos em contrário que recebeu"

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Aguilhoante² é uma palavra derivada de aguilhoar.

(aguilhão + -ar):verbo transitivo
aguilhão: vara com ponta de ferro afiada


1. Picar com aguilhão.

2. [Figurado]  Estimular.

3. Magoar, ferir.

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pungir³: verbo

1.transitivo direto

ferir ou furar com objeto pontiagudo; picar, espicaçar.
"os espinhos pungem as mãos"

2.transitivo direto e bitransitivo

provocar estímulo ou incentivo em (alguém); estimular, incitar.
"uma nova paixão é o que mais punge o poeta"

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Aligeirando* vem do verbo aligeirar.
O mesmo que: estugando, apressando, acelerando, açodando, correndo.

aligeirar: Tornar ligeiro; apressar.Tornar leve.

[Figurado] Aliviar, mitigar, abrandar: aligeirar as penas.

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Estiolam¹ vem do verbo estiolar
O mesmo que: murcham, enfraquecem, debilitam, fanam

================#================

Evolam² = Evolar: verbo pronominal

1. Elevar-se ou fugir (voando).

2. Esvaecer-se; exalar-se.

Nota: Usa-se apenas como verbo pronominal.

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Salutar³: adjetivo de dois gêneros

1.benéfico para a conservação ou recuperação da saúde.

2.que aumenta ou restabelece as forças; fortificante.

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Embate*: substantivo masculino

1.choque ou encontro impetuoso.
"o e. das tropas inimigas"

2.[Figurado]
manifestação contrária; oposição, reação, resistência.
"o e. dos trabalhadores fortaleceu o sindicalismo"

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Tradução Somewhere Only We Know - Keane

 Um Lugar Que Só Nós Conhecemos


Eu andei por uma terra desabitada
Eu conhecia o caminho como a palma da minha mão
Eu senti a terra sob meus pés
Sentei-me na beira do rio e me senti completo

Eu passei por cima de uma árvore caída
Eu senti seus galhos olhando para mim
Esse o lugar que costumávamos amar?
Esse é o lugar com o qual tenho sonhado?

E se você tiver um minuto, por que nós não vamos
Falar sobre isso num lugar que só nós conhecemos?
Isso pode ser o final de tudo
Então, por que nós não vamos
Para um lugar que só nós conhecemos?
Um lugar que só nós conhecemos


Oh, simplicidade, aonde você foi?
Eu estou ficando velho e preciso de algo em que confiar
Então me diga quando você vai me deixar entrar
Eu estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar

citação Hagakure (O Livro do Samurai)


 

Amai-vos

 Amai-vos uns aos outros, sim, amai-vos...
Não haja em vossos gestos nem uns laivos¹
de inveja, de egoísmo ou amargura;
sêde, como as crianças, de alma pura
alheios a rancores e vinganças.

Devorem-se lá fora os homens rudes,
trocando pelos ódios as virtudes;
mas entre vós, discípulos diletos,
não seja nunca assim. Semeai afetos,
ainda que vos dêem, por paga, espinhos,
armando-vos ciladas nos caminhos.

Amai, amai ardentemente a todos,
dirijam-vos embora vis apodos²;
amai, perdoando, até os inimigos
- pois nada custa amar vossos amigos--
e assim amando, mostra reis por certo,
estar do reino celestial bem perto.

Amai sem paga ou recompensa alguma,
amai pelo prazer de amar... Em suma,
dai por amor a vossa própria vida
àquele que sem causa vos agrida,
e há de habitar em vós a vida eterna,
vida divina, perenal, superna³! - L.W.

¹laivos:s.m.pl. de laivo

1.FIGURADO (SENTIDO):ideias superficiais; noções, rudimentos.

2.FIGURADO (SENTIDO):restos, indícios de algo destruído ou desaparecido; vestígios, mostras."l. da antiga riqueza"


²apodos: substantivo masculino pl. de apodo
O mesmo que: alcunhas, chalaças, mofas, zombarias, apelidos, ditos.


³superno: adjetivo

1. Mais alto (ex.: poder superno). = SUPERIOR

2. Muito elevado, muito alto (ex.: divindade superna). = ALTÍSSIMO

3. [Figurado]  Que é muito bom (ex.: vinho superno). = EXCELENTE,  ÓTIMO, PRESTANTE, SOBERANO


imagem by Petz


sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Dia dos Pais e Dia das Mães todo dia!

 Agosto, mês dos pais, ouvi muita gente falando mal de seus progenitores com sangue nos olhos, mas, a importância do pai é a mesma que da mãe, só que a maioria dos pais não sabem disso: primeiramente viemos dos testículos do papai e depois nos instalamos no conforto do ventre da mamãe. Perdão por destruir a infância de alguns: não foi a cegonha que te trouxe (papai e mamãe transam), você não é resultado de uma experiência genética nem foi gerado em uma proveta. Você, homo sapies, como bípede mamífero surge neste mundo assim como todos os outros mamíferos!

E antes que alguém me diga que estou atrasada quanto ao dia dos pais, dia do pai e da mãe deve ser todo dia, tá?

Então, vamos abrir o livro a Excelência das boas Maneiras para compartilhar dois poemas (um para papais e outro para mamães) e um pequeno conto que se refere a ambos...


Ser Pai

Ricardo Omar da Silva Azevedo


Ser pai é ter um peito generoso
Capaz de se imolar pelo dever,
É se julgar feliz, ser orgulhoso,
Sentindo o próprio sangue reviver...

Ser pai é achar o céu sempre formoso,

Refletido nos olhos de outro ser!...
Não desejar na vida maior gôzo
Do que vê-lo cercado de prazer!...

Ser pai é querer bem a Natureza
Que, corporificando o pensamento,
Nos faz rever um mundo de beleza.

É colhêr mais um grau de perfeição,
É ter, quer na alegria ou no tormento,
O cérebro ligado ao coração...

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Ama Tua Mãe

Autor Desconhecido

Ama a tua mãe, enquanto a tens e enquanto
O teu sorriso é o seu deslumbramento,
Porque nunca acharás quem te ame tanto
Assim, quem tanto sinta o teu tormento!

Que nunca a deixes ao esquecimento...
Lembra-te sempre, na existência, o quanto

Ela chora contigo este teu pranto,
E sofre muito mais teu sofrimento!

Ama-a, que um dia sentirás, por certo,
A ausência dela e, de saudades mudo,
Sofrerás na aflição deste deserto...

E chamarás, em vão, na estrada agreste
A quem te deu seu sangue, a vida, tudo,
Em troca dos trabalhos que deste!


"Lembrem-se daquela histórinha de uma família em que o vovô, já idoso, era deixado a comer num canto da cozinha, à parte dos demais, numa gamelinha rústica.




Um dia o filho notou que seu menino trabalhava com um canivete em um pedaço de madeira. "Filhinho, que está fazendo?" perguntou. E veio a resposta: "Ah, papai, estou fazendo uma tigela para o senhor, para quando ficar velhinho como o vovô!". O pai compreendeu a lição, e o vovô foi reintegrado em seu lugar à mesa comum. Quando vocês forem crescidos, sejam pacientes e bondosos com seus progenitores e demais queridos!"

A Excelência das Boas Maneiras, pág, 27 e 29/30.

Olá preciosos!

 

8º em Sampa, os dedos querendo congelar, mas, vamos postar!

Resolvi deixar a aparência do blog como está por enquanto e... o conteúdo também! Trarei publicações antigas que fazem parte da minha infância... Aprendi a ler entre quatro e cinco anos de idade e durante a infância li bastante. 

Como meus pais observaram que eu era uma criança um tanto "diferente" e o modo de criação da época não dava muito certo comigo, além de Artes, Livros e Músicas, meus pais inseriram na minha rotina as benditas Aulas de Boas Maneiras... Ah, as aulas de boas maneiras...

Nós éramos pessoas simples, de vida simples, então, muitas vezes questionei porque eu precisava saber a posição dos talheres à mesa e pra que tanta louça à mesa para um simples jantar! Eu me sentia meio que irmã do Mogli........... Tá!

Eu era uma menina que não tinha modos e era difícil a compreensão da necessidade destes modos... Demorou para compreender, por exemplo, que não podemos ficar virando cambalhotas sempre que dá vontade, ou, ficar pendurada de ponta cabeça sempre que um local proporciona as condições perfeitas para ver o mundo de "cabeça para baixo"... Obviamente, estes não eram meus únicos "distúrbios" de comportamento, mas, ficaremos apenas nestes dois porque a lista é longa, rs. O livro de boas maneiras - que parecia uma bíblia de comportamento educado - também servia para ser colocado na cabeça e aprender a caminhar ereta e elegantemente......... 

Como pode ver na imagem, ainda possuo o livro que me encanta até hoje por ser antigo, fabricado de um modo que não se vê hoje em dia: folhas costuradas, capa realmente grossa com um revestimento que parece tecido engomado, título em letras douradas, uma gravura sutil em relevo, sem falar nas folhas que, com  o livro fechado, revelam uma gravura delicada e elegante de rosas. Do conteúdo o que me prendia a atenção não era como se deveria utilizar garfo e faca para comer uma fruta... Eram e ainda são algumas poesias, contos e notas bem interessantes.

Então, à partir de hoje, irei postar este conteúdo, homenageando quando possível, os autores citados.

Vamos abrir o livro A Excelência das Boas Maneiras! (algo que pouquíssimas pessoas possuem hoje em dia...)


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Olha eu por aqui!

 Olá preciosos! Como vão todos vocês (se é que alguém ainda vem aqui)...

Passei para dar uma olhada no blog, visto que, eu não consigo desassociá-lo do meu perfil do VocêTube... Lembro como se fosse á várias anos atrás quando eu disse "Voltei!" e em seguida parece que sumi! Uma das desvantagens de ter muitos espaços virtuais: chega um momento que fica inviável dar conta de todos.

Precisei fazer uma mega faxina nos comentários (principalmente na tradução de Fata Morgana) porque uma galera à toa resolveu usar o espaço como chat, trocando links duvidosos,  códigos de bugs e  malwares e essas coisas típicas de crimes virtuais... Quando fiz este blog deixei as configurações dos comentários livre para qualquer pessoa comentar (como se alguém realmente fosse me ler) e deu no que deu...

A parte boa desta faxina é que me deparei com comentários que despertaram bastante saudosismo, principalmente um, do meu Baudelaire/Rimbaud: tenho certeza que é ele, pois, só ele enxergava minha inquietude de maneira poéticamente linda! Lí, meu sorriso se escancarou, se manteve escancarado e tipo: ganhei o dia, a noite, a semana, o mês, por que não o ano? Exagero? Não.... Meu poeta preferido é realmente excelente!

De repente, estou eu aqui me perguntando "o que fazer com este blog?" que surgiu em sei lá que ano... Há sim uma mistureba de conteúdo: textos que li e gostei, imagens, letras de música que é algo que sempre vai me prender a atenção... O blog se chama Fragmentos de Uma Vida: minha vida fragmentada em coisinhas que realmente vão lá na minha alma e assim, falo de mim sem falar de mim...

Estava pensando em mudar o visual, colocar um divisor entre as postagens antigas (para não perdê-las) e as novas e recomeçar como.... um blog pessoal, de pessoa/indivíduo mesmo? Ai seria um diário virtual, né?

Eu pediria a opinião dos excelentíssimos amigos e passantes, ou ainda aqueles que tropeçaram aqui sem querer, mas,  sério mesmo: me sinto falando com as paredes....(hahahahaha, de repente estou mesmo falando com as paredes...).

Vou pensar o que fazer... Jogar fora, excluir, deletar não vou, embora confesse que, acredito estar criando uma ilusão de que as pessoas hoje em dia ainda leêm blogs... Que tipo de assunto faz as pessoas lerem blogs? Será que é realmente um fato a afirmação de que blogs estão ultrapassados e ninguém lê?.....

..........

Depois de uma longa pausa para pensar... Estou numa encruzilhada: há uma grande probabilidade de blogs estarem ultrapassados e as pessoas não lerem mais e...eu escrevo! Não gosto desse negócio de selfie, gravar a si mesmo falando como se houvesse uma multidão ouvindo/assistindo... Aliás, deletei minha rede social e se você ainda ver alguma por ai perdida (se há alguém ai), eu devo ter esquecido que ela existe...O que pesa, nem é tanto não gostar de aparecer e não ter o hábito de falar, sabe? É... Procuro falar o necessário, passo a maior parte do tempo muda! Quando quero me expressar eu escrevo, desenho ou faço uma pintura. Ninguém entende o que eu falo, sei lá... Acho que não falo a lingua portuguesa devidamente embora seja a única língua que eu fale... Também existe a questão de que a maioria das pessoas não querem ouvir: querem falar e falam muito. Falam tanto que não há uma brecha pra você introduzir sua expressão verbal...

Enfim... Vamos deixar no molho e ver o que sai, né?

Beijos na alma!

Ps: me sinto tentando comunicação com seres de outras esferas: "- Há alguém ai?" 😂



Boca de Valores - Ciclo Mortal

https://music.youtube.com/watch?v=NZu0DiDgAG4&list=OLAK5uy_nO4fSYgPsrsgj-8ty1WZtYviqyZHYdjd4 

Boca de Valores - Ciclo Mortal



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Retorno!

A última vez que estive neste blog foi em 2013... Este foi meu primeiro no Blogger... Outros vieram com o tempo com temas diferentes... Um tema me levando a caminhos totalmente novos... Lembrei-me hoje deste blog e resolvi ver como estava... É... Abandonado e repleto de teias de aranhas e assuntos antigos...

Muita coisa aconteceu em minha vida de 2013 pra cá. Dediquei-me a uma infinidade de tarefas, causas e trabalhos. A minha Vida também deu algumas reviravoltas então, retorno hoje não sendo mais a mesma que era há dois anos atrás...  E procurando um sentido no que postei aqui! Talvez, este espaço não possuía tanto sentido pra mim... Talvez, não o levasse tão à sério... Talvez eu não havia descoberto como usar este recurso de comunicação...

Bem... Vamos ver amanhã o que irei fazer com este espaço...



Sobre a Empatia....


domingo, 1 de setembro de 2013

Algodão Doce -- Daniel Azulay

"Sentado no caixote 
Abraçado na viola 
A roda pede pra cantar 
Eu canto e digo agora é hora 
De voltar ao princípio, 
Ao começo da história 
De que tempos me recordo 
Só eu sei por onde andei 
É pena que hoje acordo 
Pra contar o que sonhei 

Corre, corre, corre 
Curriola, corre, corre 
Vem chegando o 
Algodão doce, 
Algodão doce 


Bate o sino, 
o que é que trouxe 
Algodão doce, algodão doce 
Roda, roda, roda, bicicleta 
Bicicleta roda, roda 
Desfazendo 
O algodão doce 
Que o tempo levou"




sábado, 28 de julho de 2012

A verdadeira face do amor


Por Vanessa Athayde Pinto.

"Não acredito em conto de fadas, e por que ei de acreditar? Filmes, livros, histórias criadas pelas pessoas está longe demais de nossa humilde realidade, onde tudo é diferente do que podemos esperar que aconteça.

O verdadeiro amor é duro, tudo se sofre, o medo toma conta e quando se tem esperança demais gera inúmeras incertezas do que poderá aparecer a seguir. 

Os ciúmes destroem uma relação e o amor que é pra ser perfeito torna-se imperfeito aos olhos reais de quem o vê e vive esse amor.

E quando duas pessoas são orgulhosas demais, o amor se confunde, mas mesmo que possamos odiar tanto o amor que há dentro de si com toda força que há no mundo, não tem raiva que faça deixar este amor morrer, pois quanto mais se odeia mais se ama, é a linha tênue de dois sentimentos opostos que caminham juntos. 

Mas apesar de tudo, o amor é sincero, é fiel e não tem nada mais bonito que este sentimento, é puro e verdadeiro, quando vivenciado de forma única e completa, podemos acreditar que a felicidade entrará na alma e permanecerá por anos sem fim."

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sonho Impossível - Maria Bethânia

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender

Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão

É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz

E amanhã se este chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão

E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão




segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"A Coragem de Carolina - Pérolas de Lágrimas - Robert A. Schulle




‎"A Coragem de Carolina - pérolas de lágrimas" - Robert A. Schuller


Este título foi um livro que li na minha adolescência e que me ensinou muito o valor do que somos e a aceitar  compreendendo também o que nos tornamos! 


Em um período da sociedade humana em que perfeição é uma imagem externa trabalhada com bisturi e químicas, neste livro aprendemos que 'Ser' vai bem além disto e se sua pessoa interna não for trabalhada, não será capaz de suportar as adversidades que surgem no caminho da existência, muito menos suportá-las.


Infelizmente, o livro que eu li era de uma biblioteca, e procurando na rede não encontrei capa ou algum resumo do livro para compartilhar aqui. O livro além de ser um relato da luta de Carolina, possuí muitas fotos. Então, vou contar do que me lembro da história, pois dele só ficaram mesmo as partes mais fortes e as lições que aprendi.


"Carolina é uma pessoa real. Uma adolescente (acho que americana) no auge de sua beleza e vigor. Ela tinha um futuro promissor e estava cheia de projetos para realizar.
Mas um dia,ela sofre um grave acidente e consegue sobreviver mas fica tetraplégica: não consegue mais mover o corpo do pescoço pra baixo. 


Sua luta à partir daí é aceitar a sua nova condição. Seus pais empenham-se constantemente para lhe mostrar que enquanto há vida ainda se pode viver, mas sua limitação física a transforma em uma pessoa revoltada, mal humorada e arrogante - para a maioria das pessoas seria aceitável e justificável.  Este seu estado interior dura pouco: a fé através da crença de seus pais vai lhe fazenco compreender porque algumas coisas acontecem na vida das pessoas e que o modo como elas encaram tudo isso pode ou não ser o fim.


A parte mais emocionante do livro é o colar de pérolas oferecido pela mãe: 'cada pérola é uma lágrima'...


Carolina enfim compreende seu novo estado e dá uma virada surpreendente na história!"


Duas frases do livro que anotei em uma agenda velha e guardei até hoje:


"CREIO EM UM DEUS GRANDE!
Deus é tão grande que não podemos nem começar a entende-lo. Ninguém pode entender a eternidade. (Jó 36:26) "


"DEIXAREI QUE DEUS SE PREOCUPE EM MEU LUGAR, PORQUE DEUS FICA ACORDADO À NOITE INTEIRA, EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA. Deixem com Ele todas as suas preocupações e cuidados, pois Ele está sempre pensando em vocês e vigiando tudo o que se relaciona com vocês. (I Pedro 5:7)"

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Ovelha Bastarda




A última sinfonia entoada pelas árvores no crepúsculo
Das arritmias de minha alma com os pulsos sangrando,
E tudo o que senti, vi, procurei, quis, passa ofuscando
Em um efêmero segundo nas retinas antes ávidas de viver; porém pulo



Em meu próprio auto-abismo, rendo-me enfim a navalha da Tristeza.
Queria antes disso ver pela última vez o sorriso da Inocência
Encarnados no rosto lírico que emana de meu sobrinho da Vida a beleza,
E que tanto busquei dentro de mim, no mundo, e no âmago da Ciência.




Clamam a mim em todos os meus átomos os múltiplos olhares
De todos os cadáveres, abrindo as portas do Desconhecido
Para o Cosmo metafísico, e das personas em quem eu poderia ter sido;
_ “Bem-Vindo Irmão”, saúda-me a Morte aspergindo os mares



Eternos das decomposições, dos rios de vermes, no fogo eterno do esquecimento
Onde meu ser abraçou com tanto fervor, sede, volúpia e castidade o mundo e a vida,
E eu vago sozinho sem memória, sem corpo, sem esperanças no Hades, desprovida
A minha alma que sempre foi metafórica, vocabular, uma invenção do humano embrutecimento.




Não vos entristeçam pai e mãe com meus erros, pecados e minha ida definitiva;
Não procureis em vós mesmos, e nem no mundo, remorsos, culpados e ressentimentos;
Vós não necessitais buscar as causas e explicações para de meu ser os reais desmoronamentos,
Seis irmãos: lembrem-se de que dentro de vós alguma fagulha de mim permanecerá viva.



Os Lírios de nossa infância (meu genial e lindo irmão de 1982)
Ainda inebriagam com alegria o quintal, as aventuras, a antiga casa;
Éramos sim tão felizes, mas sou agora uma casca vazia, morta, sem asa;
E de tanto mergulhar em nossa infância, perdi-me do Hoje e de todo Depois.




Cantando, blasfemando, festejando de tão ébrio da Vida como seu maior adorador,
No barco de Caronte sigo rindo de Deus, de mim mesmo e dos divinizados Nadas;
Prostituí-me com o Inferno depois do divórcio da Vida com suas ciladas:
Ao me vender e me trair com um beijo e por duas moedas; eu: seu amante de tanto ardor.         


   


Fiz da Morte e da Vida minha tragédia e meu drama quixotesco,
Onde usei máscaras, fiz amigos, chorei alegrias e orvalhei lágrimas;
Dói de antemão a ausência de novas músicas, outros livros, tudo o que é burlesco
Em nossas vidas, cujo amanhã estenderá uma outra mão para escrever rimas



Num outro contexto social, histórico, cultural, no mesmo ciclo repetitivo;
Onde meu corpo, minhas palavras, minha consciência se dissiparão no inaudito coração.
Um último gole a fim de que zombemos face-a-face o absurdo de tudo o que é vivo,
Ou o que é suposto como real, molecular, ou divino; risível e belo são os réquiens da criação.








Gilliard Alves Rodrigues


5h32min
21-09-11 
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