Sou do verde dessa floresta
Do marrom dessa terra
Sou do azul deste céu
Do negro de nossas noites
Sou do café e do açaí
Do buriti e também ingá
Sou das castanhas e castanheiras
Das laranjas e laranjais
Sou do branco e do negro
Do índio e do estrangeiro
Sou da raça e da cor
Da nação e do povo
Sou do tambaqui e do tacacá
Da tapioca e do beiju
Sou da maniçoba e da paçoca
Do guaraná e do pirarucu
Sou da lenda e da verdade
Do guerreiro baré até o cavaleiro
Sou do teatro desta cidade
Da beleza que cobre as tarde
Sou do sabor do cupuaçu
Da pesca do tucunaré
Sou do ardor do tucupi
Do pirão e da farinha de mandioca
Sou da pupunha e do tucumã
Da onça pintada e do peixe-boi
Sou da natureza e da jiboia
Das araras azuis e vermelhas
Sou do encontro das águas
Do Rio negro e Solimões
Sou da cultura e do boi bumbá
Do garantido e caprichoso
Sou caboclo do mato
Do banho de rio e de cuia
Sou dos passeios em canoas
Da palafita feita de palha seca
Sou assim brasileiro
Desta cidade sou nativo
Sou do pulmão do mundo
E deste chão sempre serei filho dos nobres manaós.
Publicado em Recanto das Letras
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