terça-feira, 17 de agosto de 2010

A Caverna - Platão


Essa história tem como intuito ilustrar como a maioria das pessoas vive com o véu sobre os olhos, o que permite apenas uma noção distorcida e indefinida sobre coisas como a Verdade e a Beleza. Imagine um grupo de indivíduos acorrentados em uma caverna escura, iluminada apenas por uma grande fogueira atrás deles. Esses homens da caverna podem somente enxergar sombras de si mesmos e outras imagens tremeluzindo nas paredes em frente aos seus olhos. Essa é a realidade deles.

A maioria deles é desprovida de imaginação; outros são indiferentes e simplesmente aceitam esta realidade sem especulação. As mentes questionadoras observam os padrões mais claros e tentam entender seu mundo. Ainda assim, a verdade os ilude.

Um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes e escapar da caverna. Emergindo para a luz do dia, esse fugitivo é cegado pela luz, podendo ver somente uam representação imperfeita da realidade. Com o tempo, esse indivíduo irá acostumar seus sentidos com o novo ambiente e verá as coisas mais claramente: a paisagem, o céu e a iluminação do sol.

Eventualmente, essa alma recém-iluminada retorna para a caverna e tenta espalhar a notícia do novo mundo que existe além dos confins claustrofóbicos da caverna.Qual será a resposta dos habitantes da caverna? Eles corajosamente irão até onde o indivíduo foi e realizarão a árdua, porém recompensadora viagem para fora da escuridão em direção à luz? De acordo com Platão, não. Eles estariam propensos a matar o profeta, porque ele é uma ameaça ao estado das coisas já estabelecido.

Essa é uam referência óbvia ao mentor de Platão, Sócrates, e um comentário sobre predileção humana eme scolher a existência envolta por uma névoa, o caminho mais fácil e mais suave, a mentalidade que evita a mudança a todo custo. E os filósofos que vão à frente do caminho normalmente são denunciados, ridicularizados e frequentemente acabam mortos.

James Mannion -
O Livro Completo da Filosofia

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