terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A Tempestade que não entra...


Vejo à minha frente

Um caminho diferente

Um caminho que se diz contente...

Mas eu...

Perco-me no meio de palavras divergentes. ..

O sonho, só, não basta

Preciso de algo que me afaste

Da ilusão, da incerteza, da incoerência.

A realidade, apenas, não é suficiente

Quero acreditar e confiar nos meus instintos...

Nas minhas vontades...

O nevoeiro, calmamente regressa à minha vida.

Uma nova estação se apresenta.

O vento bate à minha porta

Mas a passividade impede-me de a abrir

Impedindo também que me transforme.. .

Impedindo que me permita a modificar...

Impedindo um turbilhão de emoções...

Impedindo uma tempestade capaz de lavar as feridas mais profundas...

Quero-te como um furacão.

Quero-te como uma catástrofe,

Como algo capaz de me deitar abaixo...

Mas que em seguida me dê a mão para me erguer outra vez.

E assim de cara e alma lavada talvez mude o meu caminho...

E assim talvez siga mais uma vez por estradas erradas

na esperança de um dia voltar a encontrar-te. ..



De - Inês Montenegro

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