quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sonho

Dentro da floresta virgem,
Caminhando entre névoas...
Surgindo como vertigem,
Em meio às úmidas relvas!

Se move lentamente,
As finas vestes a esvoaçar...
Apenas a Lua insistente,
Vem sua aura contrastar!

Sobre a folhagem recolhendo,
O doce orvalho da madrugada...
Da doçura da noite bebendo,
De vida embriagada!

Com sua voz suave e terna,
Chama por ele que a deseja...
Esse chamado é um coração que anela...
Por essa voz sua força fraqueja!

Ele estremece inteiro,
Seu coração a palpitar...
O que sente é verdadeiro,
Quer fugir, correr, gritar!

Aguda grita no peito,
A vontade de buscar...
No seu vazio e triste leito,
Aquela que quer amar!

Sentindo o perfume da flor,
Plantada na sua memória...
A garganta grita amor,
E sua alma rasgada chora!

Entrega- se a escuridão,
Da noite impiedosa...
Que transforma um coração,
No espinho de uma Rosa!

Sente ciumes do vento,
Que com ela está a dançar!
Sente ciumes do tempo,
Que com ela está a caminhar!

Vai de encontro a floresta,
Quem sabe lá ela more...
Busca- la é o que resta,
Porque o amor não morre!

Correndo por toda parte,
Pela suave luz procurar...
Que sua boca não se farte,
De por ele sempre chamar!

Nada de luz, só a Lua...
Rindo- se dele... E ele a perguntar...
Onde está ela, quero a nua!
Quero aqueles lábios beijar!

- Tolo romântico apaixonado!
Não foi a voz dela que escutou!
Foi aquela estrela ali do lado,
Que o desejo dela realizou!

Com madrugada e o sono findo,
Ele logo despertou...
Tudo foi um sonho lindo,
Que ela com a estrela desejou!

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