quarta-feira, 13 de agosto de 2008

SOLIDÃO- MÁRCIO KNEIPP

Hoje brindo vocês com poesias em dose dupla de Márcio Kneipp!

Solidão de passos marcados,
de ternuras esquecidas, de mentes escuras.
Solidão sem ecos, sem cores,
de dias de chuva, de ruas sem gente..
Curvam-se árvores desfolhadas, outonais,
ao vento que chia nos ouvidos
trazendo a depressão sentida
do abandono definitivo.
Quieto, espreito aguardando algo que não acontece.
O mundo se enche do cinza
vindo numa nuvem densa, inodora.
O barulho do coração pulsando,
é a única prova de uma existência,
ilha cercada pelo nada da vida.
Solidão.

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